10/10: Os “chefões ” mais impiedosos da série Dark Souls

Arthur Pieri 🎮
8 min readJul 5, 2018

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Entre os jogos da atualidade que ambientam confrontos épicos a cada final de fase ou área explorada, destaca-se a franquia Dark Souls, pioneira de um estilo de RPG de ação que é especialmente conhecido pela dificuldade acentuada. Entre dezenas de inimigos ardilosos, poderosos e até imprevisíveis da trilogia, foram selecionados os dez chefões que mais fazem nossas mãos suarem e tremerem a cada golpe desferido.

10 — Capra Demon (Dark Souls)

O décimo integrante está listado aqui pelos motivos errados. Ao contrário dos outros mestres, o temível Capra Demon do pioneiro Dark Souls não é tão poderoso quanto parece, mas conta com alguns elementos no level design que intensificam (e muito) a dificuldade para derrotá-lo. A falta de espaço no ambiente — que conta com um corredor estreito e uma escada que não leva a, literalmente, lugar nenhum — é um impedimento sem precedentes, daqueles que chegam a ser um incômodo para um título tão aclamado.

Os dois cães mortos-vivos, fiéis companheiros do demônio humanóide, acabam servindo de isca para os jogadores menos experientes — que focam toda a atenção nas ameaças caninas e esquecem que o chefão é incrivelmente rápido e habilidoso com seus dois facões afiados. Com tantas variáveis conspirando para que você seja o próximo derrotado, você precisará treinar bastante para superar esse desafio um tanto quanto injusto.

09— Smelter Demon (Dark Souls II)

Esse poderoso demônio de Dark Souls II não é exatamente apenas um chefe, mas na verdade dois: os Smelter Demons que podemos enfrentar — um vermelho e o outro azul — são encontrados após Iron Keep (jogo base) e em Iron Passage (DLC Crown of the Iron King), respectivamente. Ambos são opcionais, deixando por conta do jogador a decisão de enfrentá-los ou não após certo momento do jogo.

Enquanto o primeiro demônio da fornalha apresenta ataque/resistência a fogo, sua versão azul apresenta o equivalente em magia. Os golpes e a movimentação são iguais para cada um deles e a estratégia de batalha adotada pelos jogadores também é similar: rolar para o lado quando o guerreiro gigante indicar que atacará com toda sua força e atacar entre cada golpe do inimigo, tirando vantagem de sua agilidade de combate.

08— Knight Artorias (Dark Souls)

Talvez o segundo maior símbolo do primeiro Dark Souls — atrás apenas de Solaire e seu icônico gesto “Glória ao Sol” — é Artorias the Abysswalker, um dos chefes do DLC Artorias of the Abyss. Sendo um dos quatro escolhidos do Lorde Gwyn, é um poderoso cavaleiro quando em posse de sua longa espada e seu pesado escudo dentro da arena de combate. Segundo interpretações da lore do jogo, Artorias e seu fiel companheiro lupino Sif deveriam salvar o local de Oolacile, tomado pelo miasma e escuridão disseminados por Manus.

Artorias é um oponente muito imprevisível em seus ataques, acertando golpes de pulo, horizontais, carregados e até terrestres. Vencê-lo requer reflexos extremamente precisos caso você opte por desviar, mas outra opção interessante é tentar “rebater” (parry) algum de seus golpes para atordoá-lo — mesmo que isso seja bem difícil, dada sua velocidade e força. A batalha é dura, mas a recompensa é tentadora: a grande espada do abismo, uma das lâminas mais cobiçadas de Lordran.

07 — Lud and Zallen, The King’s Pets (Dark Souls II)

O desafio é sempre dobrado no segundo jogo da série Souls: Lud e Zallen são dois dos três mascotes que protegem o Rei de Marfim (DLC Crown of the Ivory King). Entre as sete feras que protegiam a majestade de Forossa no passado, apenas Aava e os outros dois felinos sobreviveram e ainda cumprem seus deveres nas terras inóspitas e congelantes de Frigid Outskirts.

Caso o jogador não elimine o primeiro rapidamente, o segundo mascote entra na arena — totalmente tomada pela nevasca — e a batalha se torna ainda mais desafiadora. Para esse tipo de batalha, priorize o evade para os ataques sofridos pelas garras dos felinos e o escudo para as magias/milagres conjurados em direção ao jogador.

06 — Lorian, Elder Prince and Lothric, Younger Prince (Dark Souls III)

Após derrotarmos Yhorm, Os Vigilantes do Abismo e Aldrich, o exilado Ludleth afirma que há mais um Lorde das Cinzas a ser eliminado, agora nas dependências do Castelo de Lothric. O último confronto para reunir cinzas dos cinco Lordes no Santuário do Elo de Fogo é, na verdade, uma batalha contra dois irmãos muito poderosos: Lorian, Príncipe Mais Velho e Lothric, Príncipe Mais Jovem.

Pessoalmente, é minha batalha favorita da série Souls por muitos motivos. A trilha sonora é espetacular, e parece que a cada badalada da obra musical, um golpe poderoso, e possivelmente fatal, é desferido pelos príncipes. A luta para quando abatemos Lorian, que se estende no chão e recebe reforço de Lothric. É aí que a luta realmente começa, com golpes ainda mais mortais, milagres poderosos conjurados e uma “virada” na trilha sonora que introduz um canto magnífico.

05 — Dragon Slayer Ornstein and Executioner Smough (Dark Souls)

A dupla mais icônica e brutal do primeiro título da série se encontra em Anor Londo. Com o objetivo de proteger Gwynevere, o leal cavaleiro Ornstein e o carrasco Smough são um páreo duro para qualquer jogador, ainda mais que suas habilidades são totalmente contrárias e acabam se complementando enquanto os dois estiverem vivos.

A luta tem duas fases dinâmicas, sendo que a segunda fase depende de qual vilão foi derrotado primeiro. O sobrevivente tentará canalizar toda a ira e poder em seu equipamento e arma, portanto a estratégia é tentar atacar de longe e priorizar rolamentos e esquivas. Além disso, ao matar Smough primeiro e depois derrotar Ornstein em sua forma mais poderosa, você será agraciado com o Leo Ring, exclusivo desta batalha e para essa sequência de finalização.

04 — Nameless King (Dark Souls III)

Mais difícil do que descobrir como chegar ao pico dos arquidragões, área secreta de Dark Souls III, é derrotar o suposto primogênito renegado do Lorde Gwyn, apelidado de Rei Sem Nome. Durante a guerra contra os dragões, ele recusou acatar as ordens de seu pai e rei, que exigia a aniquilação e total extinção da raça dos dragões — ameaças ao reino da época. Por isso, foi expulso de seu reino e destituído de seus direitos e benefícios reais.

A luta consiste em duas fases, sendo que na primeira enfrentamos o Rei das Tempestades (dragão) com o Rei sem Nome montado nele e na segunda devemos lidar diretamente com o cavaleiro, que apresenta sequências de golpes baseados em Gwyn, Artorias e Ornstein. Mesmo sendo um chefe opcional, muitas pessoas optam por enfrentá-lo não somente pelo desafio recompensador em termos de experiência, mas também para conseguir a lendária Armadura do Dragão, que um dia pertenceu ao emblemático cavaleiro Ornstein.

03 — Soul of Cinder (Dark Souls III)

Não bastava extinguir o panteão de Lothric, derrotando todos os Lordes das Cinzas: o objetivo era, na verdade, tentar acabar o ciclo amaldiçoado. Porém, em vez de oferecer uma cutscene calma e contemplativa após o exaustivo Castelo de Lothric, o ser inaceso (seu personagem) é desafiado a voltar à Fornalha da Primeira Chama para confrontar a Alma das Cinzas, ou como a tradução do nome original sugere, a encarnação dos reis.

Seu poder de luta absurdamente alto é resultado de golpes, habilidades e magias herdadas de diversos personagens que têm ligação com a primeira chama. Em sua primeira fase, seus golpes variam entre golpes com a Grande Espada do Elo de Fogo, piromancia avançada, milagres poderosos e magias escuras. Após recarregar sua vida, a segunda fase vem acompanhada de uma “dança” mortal com o moveset de Gwyn e um novo golpe inesperado que pode drenar sua vida por completa se executado corretamente pelo inimigo.

02 — Sister Friede and Father Ariandel (Dark Souls III)

As pinturas em tela nem sempre ilustram paisagens bonitas e situações agradáveis. Um exemplo disso é a representação de uma Lothric dilapidada, arruinada e congelada na DLC Ashes of Ariandel. Após chegarmos à catedral principal e ativarmos um mecanismo secreto, a estátua de mármore se move e dá lugar a uma sala longa e bem iluminada — prestes a se tornar uma arena congelante e flamejante.

A antítese do gelo e fogo, habilidades especiais da Irmã Friede e do Pai Ariandel, representam a dúvida de deixar que a pintura continue apodrecendo com toda a corrupção e ganância dos dois chefes, que interromperam o ciclo de purificação pelo fogo. A luta é composta por três fases incrivelmente desafiadoras, algo incomum até mesmo para os padrões impiedosos da série Souls.

01 — Darkeater Midir (Dark Souls III)

Midir, o Devorador da Escuridão, é tudo aquilo que víamos nos jogos da franquia de mais ameaçador, mas que nunca tínhamos a chance de combater: um dragão gigante e “baforante” que luta frente a frente com nosso humilde personagem. Depois de espantar dragões nas muralhas de Lothric, combater indiretamente dragões corrompidos em volta do Castelo de Lothric e de atingir o infame Wyvern Ancião com um golpe certeiro na cabeça, vem Midir, o desafio final.

A batalha opcional, que agracia (ou desgraça) os desbravadores do DLC The Ringed City, ocorre em duas fases, com a primeira sendo um contato menos agressivo ou aterrorizante. Na arena escura e profunda, porém, Midir é um pesadelo. Por ser muito grande, alguns jogadores adotam a estratégia de se manterem perto do dragão, mas suas patas gigantes e sua cauda pesada podem certamente te causar um dano irreparável. Sua cabeça é seu ponto fraco: o único problema é acertá-la com precisão e jeito certo.

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